Cotidiano

Aceleração da pandemia leva o Governo do Estado a antecipar a reclassificação do Plano SP

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Na 161ª coletiva de imprensa sobre a pandemia de Covid-19, hoje (15), no Palácio dos Bandeirantes, o Governo do Estado procedeu à 18ª reclassificação do Plano SP. Programada anteriormente para 5 de fevereiro, a iniciativa foi antecipada como medida preventiva e necessária para proteger vidas. A situação vem se agravando, a pandemia acentuou sua segunda onda em São Paulo e no Brasil, e o Governo do Estado toma medidas de precaução.  

Por esta razão o Plano SP efetuou a reclassificação da fase amarela para a laranja em sete regiões. São elas: Araçatuba, Bauru, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Taubaté.  

A região de Marília regride da fase laranja para a fase vermelha. As demais regiões permanecem na fase amarela, abrangendo 67% da população do estado. 

Com a regressão para a fase vermelha, 62 municípios do DRS (Departamento Regional de Saúde) de Marília só podem permitir o funcionamento de atividades essenciais, como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria. Comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos. 

“O momento é de responsabilidade e de trabalho, com articulação com os Prefeitos do estado. As regiões citadas regrediram de fase em especial por conta da taxa elevada de ocupação de leitos em seus municípios. Exatamente por conta disso, disponibilizamos desde o início do ano 250 novos leitos, para hospitais estaduais, filantrópicos e municipais. É uma ação articulada e imediata, para que ninguém em SP fique sem atendimento O trabalho articulado entre estado e municípios salva vidas”, afirmou o secretário Marco Vinholi. 

Academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros e parques estaduais podem funcionar na fase laranja. Todas as atividades liberadas podem funcionar por até oito horas diárias e com capacidade de público de 40%.  Porém, todos os estabelecimentos devem encerrar o atendimento presencial às 20h. O consumo local em bares está proibido. 

Agora, na etapa amarela, estão as regiões da Grande São Paulo,  Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Campinas e São João da Boa Vista. 

Na segunda semana epidemiológica de 2021, o mundo enfrenta uma nova onda da Covid, e SP e o Brasil não foram poupados dela. Os números de hoje são semelhantes aos do pico da pandemia em meados de 2020, enfatizou o secretário de Saúde. 

Todos os índices de saúde tiveram incremento significativo. SP registrou, ante a semana anterior, incremento de 5% no número de casos, 2% em óbitos e 10% em novas internações. 

A taxa de ocupação de leitos de UTI alcançou  67,%. O estado computa um total de 1,6 milhão de casos de Covid.  

O Centro de Contingência recomendou ainda que os 645 municípios do estado apertem as m regras para reuniões de trabalho em locais fechados, como limite máximo de 25. Todos os protocolos sanitários e de segurança para cada atividade estão disponíveis no site do Plano SP e devem ser seguidos rigorosamente para conter a pandemia. Prefeituras que se recusarem a seguir as normas estabelecidas pelo Governo do Estado ficam sujeitas a sanções judiciais. 

Alerta para 43 municípios 

O Governo do Estado também colocou em alerta 43 cidades que, independentemente da classificação de suas regiões, estão com ocupação hospitalar de pacientes graves com coronavírus acima de 80%. A recomendação é que as Prefeituras determinem a restrição total de atividades não essenciais para aliviar a pressão sobre hospitais públicos e particulares. 

Os municípios em situação de alerta são: Américo Brasiliense, Amparo, Apiaí, Areias, Artur Nogueira, Avaré, Bauru, Birigui, Caçapava, Carapicuíba, Cruzeiro, Embu das Artes, Fernandópolis, Ferraz de Vasconcelos, Franca, Franco da Rocha, Ilha Solteira, Itapecerica da Serra, Itapetininga, Itaquaquecetuba, Itatiba, Jacareí, Mairiporã, Marília, Matão, Mogi das Cruzes, Novo Horizonte, Ourinhos, Paulínia, Pederneiras, Porto Feliz, Presidente Prudente, Promissão, Santa Cruz do Rio Pardo, São Manuel, Serrana, Socorro, Sorocaba, Tatuí, Taubaté, Tupã, Valinhos e Votuporanga. 

Vacinas do Butantan para o Brasil 

No evento, o Governador João Doria também anunciou que o Executivo paulista iniciará, no dia 18, a entrega das doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde, para a imunização dos brasileiros. 4,5 milhões de doses prontas para aplicação serão encaminhadas para um Centro de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde, no Aeroporto de Guarulhos. 

“As doses entregues ao Ministério da Saúde serão destinadas para os estados brasileiros e o Distrito Federal. Vamos aguardar que, neste domingo (17), a Anvisa autorize o uso emergencial da vacina do Butantan, assim como esperamos que o faça também para a vacina de Oxford/AstraZenica”, afirmou o Governador. 

O Butantan já dispõe de 10,8 milhões de doses da vacina. No final de março, a carga total de imunizantes disponibilizados pelo instituto está estimada em 46 milhões de doses. 

A vacina é desenvolvida pelo Butantan há pouco mais de seis meses, em parceria internacional com a farmacêutica Sinovac, de Pequim. O produto é baseado na inativação do vírus Sars-CoV-2 para induzir o sistema imunológico humano a reagir contra o agente causador da COVID-19. A tecnologia é similar à de outras vacinas amplamente produzidas pelo instituto de São Paulo. 

Com informações do Governo do Estado de São Paulo

Publicado às 20h44

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