A vida não é um mar de rosas, e naturalmente, tem dias
que nos sentimos sem ânimo, triste ou para baixo, e isso é normal. Diante de
tantos acontecimentos do dia a dia, principalmente em um cenário de pandemia em
que estamos inseridos, nossos pensamentos são afetados, assim como o
comportamento que temos com o próximo. Como a pandemia tem se estendido por
muito mais tempo do que imaginávamos, este cenário está se tornando cada vez
mais recorrente e duradouro na vida das pessoas e pode ser o gatilho em
indivíduos com predisposição ou agravar quadros leves em formas mais severas,
evoluindo para quadros depressivos.
“Um desarranjo no campo emocional pode refletir em muito
mais do que um dia ruim. A depressão é considerada uma doença silenciosa,
perigosa e real. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de
300 milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem com a depressão, que já é
considerada o mal do século, e as estatísticas apontam para um futuro sombrio
caso não olharmos com atenção para a saúde mental. De acordo com a OMS, até
2020 a depressão será a doença mais incapacitante do mundo”, explica o Dr. Hyun
Seung Yoon, gerente médico do ClubSaúde, um dos mais completos e acessíveis
programas de acesso à saúde e bem-estar.
O Janeiro Branco é uma iniciativa popular criada e
orientada por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais
da saúde com um grande e nobre objetivo: criar consciência de que é necessário
cuidar da mente, da saúde mental, mais precisamente. Abaixo, explicamos o que é
a depressão, as suas causas e seus tratamentos:
O que é a depressão?
A depressão é um transtorno mental que se caracteriza por
tristeza constante em que a pessoa perde o interesse em realizar atividades que
normalmente eram prazerosas. Além disso, geralmente a pessoa fica incapaz de se
comprometer a realizar atividades diárias
O que causa a depressão?
Segundo o Ministério da Saúde, a depressão é uma doença.
Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do
indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores
(serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que
transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem
dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que
normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são consequência
e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a
depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A
prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o
que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresentam
o problema em algum momento da vida.
Qual é o tratamento para
depressão?
Segundo o ministério da saúde O tratamento da depressão é
essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis.
Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que
deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo
geral, não incapacita ou entorpece o paciente. Alguns pacientes precisam de
tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira,
para evitar o aparecimento de novos episódios. A psicoterapia ajuda o paciente,
mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na
reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre
o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto
provocado pelo estresse.
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Publicado às 23h12
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