Cotidiano

Serra Negra tem caso de variante Delta após inclusão de linhagens pela OMS

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Com a nova classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a análise e confirmação de casos da variante Delta, SP passa a ter 764 casos, incluindo 747 autóctones e 17 importados. A entidade passa a incluir como “variante de atenção” todas as linhagens derivadas da Delta. O número reflete o novo panorama da classificação genética da variante Delta, e não uma intensificação de sua transmissão, já que a Gamma ainda continua predominante no estado. Com isso, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, Serra Negra teve um caso da variante. 

A Prefeitura de Serra Negra informou ao www.circuitodenoticias.com.br que não recebeu nenhuma notificação de qualquer órgão oficial até o momento a respeito da constatação de casos da variante delta. 

"Não houve nenhuma comunicação para Serra Negra ou qualquer município da região através do Departamento Regional de Saúde (DRS) VII, da Secretaria Estadual de Saúde, segundo a nota da Prefeitura.

No Circuito das Águas Paulista, Jaguariúna, com 19 notificações, Socorro, com 3, Pedreira e Holambra, com uma cada também tem casos confirmados, segundo documento do Governo do Estado enviado para a redação. 

A "linhagem-mãe" da Delta (código B.1.617.2), como pode ser chamada a primeira identificada, já possuía “sublinhagens” que vão da AY.1 até a AY.22, mas apenas parte delas estava classificada desta forma até então. A partir desta definição da OMS, todas as derivadas passam a ser analisadas igualmente.

“Era esperado que a OMS procedesse à inclusão das derivadas da Delta, uma vez que as sequências virais eram todas classificadas desta forma, o que é útil para mapear o surgimento da linhagem em um território”, explica Adriano Abbud, Diretor de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz.

O termo “variante de preocupação” (VOC ou “variant of concern”, na sigla em inglês) foi adotado para quatro variantes específicas pelas autoridades sanitárias internacionais devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção.

Entre elas, está também a variante Gamma (P.1), que ainda predomina em São Paulo: são 1.410 casos, o dobro em comparação à Delta. As outras duas são a Alpha (B.1.1.7), com 38 casos em SP, e a Beta (B.1.351), com apenas três.

Qualquer vírus passa por processo evolutivo e pode sofrer mutações, gerando cepas que compartilham um "ancestral" comum a partir da alteração de características – como capacidade de transmissão, multiplicação e gravidade de infecção. Se um organismo é infectado com uma variante e o estímulo de resposta se difere da "linhagem-mãe" original, ele constitui uma cepa ou linhagem.

A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético, um instrumento de vigilância, ou seja, de monitoramento do cenário epidemiológico, que não deve ser confundido com diagnóstico, este sim de caráter individual. Portanto, não devem ser realizados, do ponto de vista técnico e científico, sequenciamentos individualizados, uma vez confirmada a circulação local da variante.

As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que é obrigatório em SP; higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel), distanciamento social e a vacinação contra a COVID-19.

Publicado às 18h46

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