Aos 26 anos de idade, o russo Daniil Medvedev finalmente conseguiu quebrar
um recorde que pertencia ao seu compatriota Marat Safin e já durava mais de
duas décadas: se tornar o tenista número 1 do mundo mais alto da história. O
feito foi alcançado devido a uma fortuita combinação de resultados entre
Medvedev e o atual líder do ranking, o sérvio Novak Djokovic.
Ao alcançar essa proeza, o “Urso”, como é conhecido o novo melhor tenista do planeta
que tem 1,98m de altura conseguiu aumentar a marca em expressivos cinco centímetros.
Atualmente, no top 10 da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) cinco
atletas possuem a mesma altura de Safin ou mais. Além de Medvedev,
aparecem o alemão Alexander Zverev (também de 1,98m), o italiano Matteo
Berrettini (1,96m), o grego Stefanos Tsitsipas e o canadense Félix
Auger-Aliassime (ambos com 1,93m).
Desde que o ranking da ATP passou a valer em 1973, apenas 26 atletas
lideraram a lista por pelo menos uma semana. Desses, somente seis nomes superam
a faixa de 1,80m, tendo Gustavo Kuerten e Andy Murray com 1,91m e Boris Becker,
Yevgeny Kafelnikov e Carlos Moyá com 1,90m. Abaixo dos 1,80m, apenas Jimmy
Connors (1,78m) e Marcelo Ríos (1,75m) ocuparam a posição de tenista número 1.
A altura dos 26 líderes do tênis masculino
Faixa de 1,90m+
- Marat
Safin (RUS) – 1,93m
- Gustavo
Kuerten (BRA) – 1,91m
- Andy
Murray (GBR) – 1,91m
- Boris
Becker (ALE) – 1,90m
- Yevgeny
Kafelnikov (RUS) – 1,90m
- Carlos
Moyá (ESP) – 1,90m
Faixa de 1,80m+
- Novak
Djokovic (SER) – 1,88m
- Ivan
Lendl (EUA) – 1,88m
- Stefan
Edberg (SUE) – 1,88m
- Andy
Roddick (EUA) – 1,88m
- Roger
Federer (SUI) – 1,85m
- Pete
Sampras (EUA) – 1,85m
- Rafael
Nadal (ESP) – 1,85m
- Jim
Courrier (EUA) – 1,85m
- Patrick
Rafter (AUS) – 1,85m
- Ilie
Nastase (ROM) – 1,83m
- Mats
Wilander (SUE) – 1,83m
- John
Newcombe (AUS) – 1,83m
- Juan
Carlos Ferrero (ESP) – 1,82m
- John
McEnroe (EUA) – 1,80m
- Bjorn
Borg (SUE) – 1,80m
- Lleyton
Hewitt (AUS) – 1,80m
- Andre
Agassi (EUA) – 1,80m
- Thomas
Muster (AUT) – 1,80m
Faixa de 1,70m+
- Jimmy
Connors (EUA) – 1,78m
- Marcelo
Ríos (CHI) – 1,75m
Tamanho faz diferença no tênis?
Apesar de estarem alguns centímetros abaixo dos grandes tenistas que já
foram número 1 do mundo, Novak Djokovic e Roger Federer são os atletas que por
mais tempo lideraram o ranking mundial masculino. Enquanto Federer, ou
‘FedEx’, como é apelidado o suíço devido
às suas constantes “entregas” dentro de quadra, remetendo à famosa empresa de
transporte americana, ficou 310 semanas na ponta da lista da ATP, ‘Nole’ já
soma 361 semanas como o melhor jogador do planeta.
Mais do que isso, a dupla, ao lado do espanhol Rafael Nadal, compõe o trio
mais vitorioso da história do tênis, o chamado ‘Big 3’. Juntos, eles reúnem 61
títulos de Grand Slam, sendo 21 de Nadal, 20 de Federer e os outros 20 de
Novak.
Na temporada passada, Djokovic ainda se tornou o primeiro deles a conquistar
ao menos dois troféus em cada um dos quatro maiores torneios do circuito, com
o título em Roland Garros,
feito que Nadal igualou ao faturar o bicampeonato do Australian Open,
no último mês de janeiro.
Com tantos recordes e façanhas em suas galerias, a tríade composta por
jogadores de 1,85m (Federer e Nadal) e 1,88m (Djokovic) mostra que nem sempre a
altura elevada é o elemento principal da fórmula do sucesso no tênis.
Na realidade, se somados todos os títulos de Major dos seis ex-líderes com
mais de 1,90m, o resultado é de 17 (seis de Becker, três de Kuerten e Murray,
dois de Kafelnikov e Safin e um de Moyá), menos que os troféus de cada um dos
‘Big 3’.
Para não comparar apenas com os três grandes nomes de todos os tempos na modalidade, basta analisar as conquistas de outros ex-líderes do ranking que possuem menos de 1,90m. Pete Sampras, sozinho, levantou 14 taças de Slam, enquanto Bjorn Borg, 11. Além deles, Jimmy Connors, Ivan Lendl e Andre Agassi venceram oito e John Newcombe, John McEnroe e Mats Wilander comemoram sete vezes.
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