Depois de um ano marcado pela alta dos alimentos, 2020 também terá uma ceia mais cara. Vários produtos já estão com um valor acima do normal, o que pode gerar preocupação até em quem fará uma pequena reunião familiar.
De acordo com dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
da FGV, de outubro do ano passado para este, o lombo subiu 22,3%. Já o frango
aumentou 12,59% e o bacalhau, 12,5%. Entenda por que o Natal terá um custo
mais salgado e como driblar essa situação.
Porque a ceia está tão cara?
Existem diversos motivos pelos quais a ceia está mais cara, sendo que o principal deles é a diferença cambial. Como o dólar está mais caro, muitos países estão comprando mais do Brasil, por exemplo, a China que está adquirindo mais carne.
Embora isso seja importante para a balança comercial, o mercado nacional fica em segundo plano, fazendo com que a oferta diminui. Por outro lado, a demanda continua em alta, até porque, tradicionalmente, as famílias brasileiras consomem frangos e suínos na ceia.
Além do mais, a evolução do dólar — que começou em R$ 4,02 e está acima de R$ 5,10 — afeta outros itens importantes. A farinha de trigo, por exemplo, aumentou de preço, o que faz com que as massas, incluindo panetone e pães ficassem mais caros.
No caso do azeite, que é o complemento de muitas receitas, há duas razões para o aumento. Os produtos importados estão mais caros, por conta da diferença cambial. Isso significa que, mesmo que estivessem custando o mesmo do ano passado, a conversão aumentaria o valor. Já os azeites nacionais produzidos no Rio Grande do Sul tiveram floração tardia e menor produção — fato que se refletiu desde o começo de 2020.
O que fazer para não prejudicar a reunião natalina?
Os preços de alguns itens da tradicional
ceia natalina podem assustar, por isso, é importante encontrar alternativas. Dificilmente, o consumidor irá conseguir
gastar menos do que em 2019. No entanto, se fizer escolhas estratégicas pode evitar que o aumento seja tão grande.
O primeiro passo é fazer as compras com antecedência. Muitas pessoas, deixam para ir aos mercados na semana do Natal, período em que os preços podem subir por causa da alta demanda. Sem contar que, por falta de tempo, não será tão simples comparar os valores.
O ideal é já ir aos mercados com uma ideia de preços praticados. Para isso, o consumidor pode utilizar os panfletos on-line, como os encartes do Guanabara, Extra, Atacadão, Dia, etc. Nesses conteúdos, é possível ver os valores, até quando as ofertas válidas e outras informações importantes para os clientes.
No encarte Guanabara, por exemplo, é possível observar que o Chester está saindo por R$ 17,98, mas há uma versão premium de ave que custa R$ 13,98. Por sua vez, o quilo do bacalhau do Porto está R$ 69,98.
Outra forma de economizar na hora de planejar a ceia é trocar as marcas mais famosas por outras desconhecidas. Há situações em que o preço pode ser bem mais baixo entre produtos iguais, apenas porque um é mais popular.
Para as frutas, vale mais a pena optar pelas da estação, ou seja, as do verão. Por terem uma oferta maior, elas costumam ter um preço melhor quando comparado aos outros alimentos. Já o vinho, em vez do tradicional rótulo estrangeiro, é interessante dar uma chance às bebidas nacionais.
Como visto neste artigo, os preços dos produtos consumidos na ceia não estão atraentes, principalmente por causa da diferença cambial que afetou o mercado interno. Mesmo assim, é possível tomar alguns cuidados para não gastar tanto e aproveitar essa que é uma das datas mais queridas pelas famílias!
Publicado às 12h13
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