O Centro de
Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil estadual publicou o Mapa de Risco de Incêndio com a previsão riscos de
incêndio em todo o estado nesta semana. A situação é mais crítica nas regiões
central e oeste. A cor roxa indica o grau máximo de risco para estes locais.
O Mapa de Risco de
Incêndio é uma das ferramentas tecnológicas que auxiliam a
Defesa Civil no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período da
estiagem. O software funciona 24 horas por dia e é feito a partir de algoritmos
que compilam dados sobre elementos como o nível de chuva dos últimos dias, cobertura
vegetal, umidade do ar e do solo, temperatura e velocidade do vento. Deste
modo, ele disponibiliza modelos com previsão para os próximos cinco dias. A
escala possui quatro níveis e vai do risco baixo (cor amarela) ao risco
emergência (cor roxa).
Diariamente, o
CGE encaminha o Mapa de Risco de Incêndio para todas as Coordenadorias
Municipais. Àquelas que estão inseridas em uma área com risco mais elevado
recebem um indicativo de alerta. Deste modo, são adotadas medidas de prevenção
como vistoria nas áreas mais suscetíveis às queimadas, construção de aceiros e
intensificação das campanhas de conscientização junto à população
A explicação
para o risco elevado de incêndios florestais é a ausência de chuva e a baixa
umidade relativa do ar em todo território paulista. “O estado de São Paulo
possui um outono e inverno com climatologia de tempo mais seco, com tendência
para que a Umidade Relativa do Ar diminua significativamente, atingindo níveis
mais críticos diariamente, ou seja, valores abaixo dos 30% em praticamente
todas as áreas monitoradas”, explica Willian Minhoto, Meteorologista da Defesa
Civil.
Segundo Willian
Minhoto este tempo seco e quente deve permanecer até pelo menos segunda-feira
(24), com ausência completa de chuva e umidade relativa do ar abaixo dos 30% em
diversos municípios.
Orientação de prevenção a incêndio
De acordo com
estudos promovidos pelo governo paulista, em 2023 mais de 90% dos 158 focos de incêndio em áreas protegidas tiveram como
causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas, de acordo
com o Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação
e Áreas Protegidas, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística
(Semil).
Diante disso, medidas de prevenção devem ser adotados também pela população, como: não colocar fogo em áreas de vegetação seca, não jogar bitucas de cigarro em beiras de rodovias, não realizar a limpeza da área rural utilizando técnicas com fogo, não queimar lixo e não soltar balão.
Amplitude térmica maior requer cuidados com a saúde
Neste período
também é comum uma amplitude térmica maior, onde a diferença entre as
temperaturas máxima e mínima é grande. “É algo típico do período em que estamos
passando, isso porque no decorrer do período noturno, por conta de uma menor
nebulosidade, a atmosfera tende a se esfriar mais, deixando aquela sensação
típica de frio, porém no decorrer do dia, com a presença do sol e da pouca
nebulosidade, a temperatura tende a subir gradativamente, criando assim a
sensação térmica de calor”, completa Minhoto.
Os cuidados com
a saúde incluem hidratação constante, beber bastante água e se proteger do sol.
A prática de atividade física ao ar livre deve ser evitada nos horários mais
críticos do dia e é recomendado o uso de soro nos olhos e nariz.
Operação SP Sem Fogo
A operação SP
Sem Fogo é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e
Logística (Semil), por meio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade
(CFB), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta com
iniciativas e investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental,
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Departamento de Estradas
de Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF), e Secretaria de Agricultura e
Abastecimento (SAA).
As ações da gestão estadual vêm contribuindo para a redução recorde de incêndios florestais. Em 2023, em todo o estado de São Paulo, a área total atingida por incêndios florestais foi de 1.030 hectares, ante 7.181 em 2022, queda de 86%. Os dados são do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas.
Publicado às 14h39
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