A nova Mesa Diretora do Parlamento da Região do Circuito das Águas Paulista foi eleita na manhã de 18 de março, marcando um momento significativo para a região. A presidência será liderada pela vereadora *Bárbara Magaldi*, de Serra Negra, que assume o cargo com compromisso e determinação. Ao lado dela, compõem a Mesa Diretora: Antonio Fantini (Amparo) como vice-presidente, Renan Sambo (Águas de Lindóia) como primeiro-secretário e João Basílio Goulart (Monte Alegre do Sul) como segundo-secretário. A gestão terá duração de um ano.
A eleição ocorreu na Câmara Municipal de Amparo, onde também foram apresentados os novos integrantes titulares e suplentes do Parlamento. Em seu discurso, a presidente Bárbara destacou a importância do trabalho conjunto e o compromisso com a região: "Quem acompanha nossas ações sabe como foi a luta para constituição e até andamento dos trabalhos na legislatura anterior. Quem está aqui é porque tem comprometimento com a nossa região, que é o nosso objetivo. Agradeço a confiança e prometo me dedicar."
Dos 11 municípios que integram o Circuito, oito já oficializaram sua adesão ao Parlamento: Águas de Lindóia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro. Os municípios de Lindóia, Morungaba e Santo Antônio de Posse ainda aguardam oficialização.
Durante a reunião, os participantes votaram entre duas chapas. A Chapa 1, liderada por Bárbara Magaldi, foi eleita com oito votos, superando a Chapa 2, que recebeu sete votos. A Chapa 2 era composta por Jedson Panegassi (Pedreira) como presidente, Fabiano Soares (Holambra) como vice-presidente, Ana Paula Espina (Jaguariúna) como primeira-secretária e Elida Panegassi (Monte Alegre do Sul) como segunda-secretária.
O evento contou com a presença de vereadores da região e da presidente da Agência Líder de Desenvolvimento do Circuito das Águas Paulista (Adecap), Laura Santi, que ressaltou a relevância do Parlamento: "Estou absolutamente feliz de estar presente nesta reunião, tamanha importância do Parlamento. Cada cidade, com suas demandas, ônus e bônus, precisam estar juntas e lutar juntas para estarem bem. Estou à disposição."
Aqui está o texto revisado e finalizado com a fala da presidente Bárbara Magaldi:
*NOVAS PRAÇAS DE PEDÁGIOS*
Na presença do secretário municipal de Transportes, Henrique Cézar, foi apresentada a proposta do Projeto de Lei de Iniciativa Popular idealizada pelo prefeito de Amparo, Carlos Alberto Martins, para que seja protocolada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). "Para que conquistemos esse objetivo, precisamos de, no mínimo, 180 mil assinaturas. Este é o nosso grande desafio e para os 47 municípios afetados. São necessárias assinaturas físicas, com os dados pessoais como nome, RG, título de eleitor e endereço," afirmou.
De acordo com Henrique, o projeto terá basicamente três artigos estabelecendo regras para a criação de pedágios. "Entendemos que não é possível proibir a instalação de pedágios, nem a concessão. Então queremos propor que não seja permitida a criação de novos pedágios a uma distância inferior a 60 km das já existentes; impedir a instalação de pedágios em distância inferior a 40 km do limite de municípios classificados como estâncias turísticas, hidrominerais, climáticas e balneárias e a isenção total para moradores que circulam entre cidades ligadas diretamente," resumiu o secretário. Para ele, essa é a medida concreta para todas as cidades.
Alguns vereadores fizeram uso da palavra sobre o tema. Entre eles, a vereadora Ana Paula Espina (Jaguariúna) lembrou que os pedágios vão aumentar o custo de vida de toda a região. "Não temos hospital regional, não temos o Samu, não temos vagas no Sistema Cross e agora estamos sujeitos a multa e perda de pontos na carteira de motorista. Precisamos de ajuda!" disse.
Jedson Panegassi (Pedreira) questionou a falta de audiência pública no Circuito das Águas. "Eu acho que é uma luta conjunta e que nós, parlamentares, possamos promover esse debate em cada cidade vizinha e ganharmos a confiança da população nessas assinaturas. Porque o governo do estado não fez audiências aqui no Circuito, onde tantos pedágios serão instalados."
A presidente da Adecap, Laura Santi, destacou: "Que a gente saiba trabalhar estrategicamente cada município para este projeto de iniciativa popular. Que tenhamos estratégias diárias para divulgar a notícia e explicar a cada cidadão, pois muitos nem estão sabendo."
O vereador de Serra Negra, Renato Giachetto, também reforçou que o mais importante é barrar o projeto dos pedágios. "Nossa cidade atrai muitos turistas, mas, além disso, a vida do serrano será impactada. Muitos trabalham fora, os estudantes e os produtores rurais. Não podemos cruzar os braços e ver o impacto depois."
Valmir Franco (Águas de Lindóia) falou que a população tomou um "susto" com o anúncio de pedágios. "Muitos tomaram conhecimento há pouco mais de 20 dias. Águas de Lindóia está no trecho final desses pedágios, o que significa aumento dos custos. Não temos faculdades, o que aumentará os gastos do transporte. Colocar esse custo para a população é inadmissível," disse ele, que é o atual presidente da Câmara Municipal.
A vereadora Anna Beatriz Scachetti (Serra Negra) fez o alerta: "Para que essa iniciativa popular tenha valor, é preciso que o projeto seja votado e aprovado pelos deputados antes da assinatura do contrato com a empresa responsável pelos pedágios. Então o desafio é duplo, a coleta de assinaturas e o tempo disponível até a concessão."
Por fim, a presidente *Bárbara Magaldi* ressaltou a urgência e a relevância da discussão sobre a concessão dos pedágios, reafirmando seu compromisso em garantir que todos saíssem da reunião com a determinação de abrir uma consulta pública, assegurando voz ativa à sociedade civil. Ela convocou todos a se engajarem na coleta de assinaturas em apoio ao projeto de lei de iniciativa popular, que busca barrar essa medida abusiva.
Demonstrando preocupação genuína, *Bárbara Magaldi* alertou para as graves consequências da instalação dos pedágios: uma dívida que pesará no bolso da população por 30 anos, o risco iminente de aumento do desemprego, especialmente em uma região onde grande parte dos moradores depende de deslocamentos para trabalhar em outros municípios, e o impacto no custo da saúde pública, particularmente no transporte sanitário.
Com firmeza, *Bárbara Magaldi* fez um apelo contundente à mobilização coletiva, envolvendo autoridades legislativas, executivas e a sociedade civil, reforçando que este é um momento de união e ação. Para encerrar, propôs uma Moção de Repúdio à concessão dos pedágios, que foi aprovada e assinada por unanimidade. "A dor do outro deve, obrigatoriamente, ser a nossa dor," declarou, com empatia e determinação.
A Moção de Repúdio do Parlamento será encaminhada ao governador do Estado, à Secretaria de Parcerias do Estado de São Paulo e à Alesp.
Publicado às 12h48
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