Somente a vacina para a covid-19 deve trazer recuperação
aos mercados mais impactados com a pandemia. É o que aponta a análise de
Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb (https://yubb.com.br/), maior buscador de investimentos do
país. Para o especialista, a chegada de uma imunização contra o coronavírus com
eficácia comprovada e acessível à população é o principal sinal para que o
mercado saia do período de instabilidade que marcou o ano de 2020.
“As empresas que sofreram muito por causa das quarentenas
tendem a se destacar em 2021. Seis setores chamam a atenção: companhias aéreas,
shoppings centers, turismo, shows e eventos, educação e bancos. Mas essas são
apostas considerando um cenário de vacinação da população”, pontua Pascowitch.
“Os bancos, por exemplo, ainda estão bastante pressionados por conta do
crédito. Com a vacina, a qualidade do crédito tende a melhorar e o setor deverá
emprestar mais, reduzir o provisionamento e as ações podem se valorizar”.
Bernardo destaca que há mercados que já subiram
consideravelmente em 2020, revertendo a queda inicial do início da pandemia. É
o caso das empresas varejistas e as de tecnologia, que não devem ter novas
grandes valorizações em um cenário de vacinação. Entretanto, é importante que o
mercado se atente não só às projeções, mas principalmente às medidas concretas.
“Há um otimismo exacerbado com as vacinas, mas ninguém
sabe ao certo quando elas vão chegar e qual será a sua eficácia. Por isso, pode
haver momentos de correção dos preços ao longo de 2021. E se houver
dificuldades para a vacinação em todo o mundo, pode acontecer uma segunda ou
terceira onda do coronavírus, principalmente depois das festas de final de ano.
Infelizmente, ainda há a possibilidade de piorar muito antes do mercado
melhorar”, pondera Bernardo.
Fundos imobiliários seguirão tendência das
ações
Já os fundos imobiliários (FIIs) tendem a seguir a mesma
lógica das ações brasileiras. “Em um cenário de vacinação, os fundos
imobiliários devem se valorizar, principalmente aqueles que mais sofreram com
as quarentenas em 2020, como os de shopping centers. Entretanto, com essa
questão em alta sobre novas ondas do coronavírus e, respectivamente, novas
quarentenas, os FIIs ainda estão muito pressionados e instáveis para os
próximos meses. Vale uma ressalva também para os fundos de lajes corporativas,
porque não sabemos se as empresas vão voltar plenamente aos escritórios”,
pontua Bernardo.
Nos Estados Unidos, pacotes fiscais apontam
retomada de ações
No cenário americano, o final do ano foi marcado por
novos estímulos fiscais nos estados. Em janeiro, o novo presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, defenderá um novo pacote. “Essa injeção de recursos na maior
economia do mundo tem alguns impactos relevantes. Em primeiro lugar, o
enfraquecimento do dólar, e isso pode causar uma desvalorização da moeda no
Brasil. Em segundo lugar, pode haver uma grande valorização dos índices
americanos. Afinal, muito dinheiro na economia aumenta o consumo, a receita das
empresas e o apetite dos investidores em relação às ações. Com isso, pode haver
novos recordes nos principais índices dos EUA”, analisa Pascowitch.
Ainda sobre as ações estrangeiras, Bernardo destaca os
BDRs. No final de 2020, eles foram liberados para todos os investidores na
bolsa brasileira e, em 2021, a liquidez vai aumentar cada vez mais. “Um recorte
importante para os BDRs de ETFs (Exchange Traded Funds): eles serão
liberados no próximo ano. Será mais fácil para o investidor brasileiro
diversificar em outros setores da economia americana, europeia e asiática”,
conclui.
Sobre o Yubb
Buscador online e gratuito, conhecido como o “buscapé dos
investimentos”, pois mapeia todos os investimentos do país e recebe mais de 8
milhões de buscas por mês. Com três anos de funcionamento e uma proposta
isenta, o Yubb não realiza nenhum tipo de transação, tendo a imparcialidade
como o grande diferencial da plataforma.
Publicado às 9h51
Receba notícias pelo celular clicando em www.circuitodenoticias.com.br/whatsapp e nos dê um oi para o cadastro