Ao iniciar uma atividade, seja ela qual for, todos nós temos o desejo de chegar ao final e concluí-la. Temos a sensação de vitória e conquista ao terminar uma tarefa ou entregar um job que nos foi proposto. O que muita gente ainda não percebeu é que a jornada é tão importante quanto a chegada.
Trabalhadores, empreendedores e empresários, muitas vezes permitem que a ansiedade tome a dianteira das decisões, e aceleram um processo de construção de uma marca, do lançamento de um produto ou da mudança de estratégia antes do prazo, o que pode se tornar um problema para a empresa e até para o setor no futuro.
Toda pessoa que se dispõe a iniciar um negócio deve ter em mente que os prazos devem ser cumpridos, e que o deadline é o grande chefe de toda a orquestração de um negócio de sucesso. Mas nada pode ser executado sem antes passar por eficientes processos de avaliação e testagem, especialmente com o público-alvo, sendo exatamente essa a tão importante jornada a ser percorrida.
Mudanças podem ocorrer na jornada
Ao contrário do que parece, a jornada é tão prazerosa quanto o destino final, sendo o maior motivador de possíveis mudanças e alterações, justamente por ser o processo onde os testes e as avaliações podem (e devem!) acontecer.
Se há um momento para o empreendedor em que ele pode retroceder, parar ou recomeçar, é no percurso que ele deve fazê-lo. Em outras palavras, o fim se justifica no meio. O destino só faz sentido por causa do percurso, onde podemos investir em pesquisas, testes de amostragem, e efetuar melhorias.
Aprendizado como eterna jornada
Mas você pode estar pensando: e num modelo básico de startup, em que a construção não deve ser feita para o cliente, mas sim com ele? Após o lançamento do produto, os feedbacks são essenciais para reavaliar o que está no mercado, e promover melhorias ou as alterações que forem necessárias. E então, a jornada se transforma num eterno aprendizado, onde o próprio fim não fará mais sentido se ele não se tornar uma busca constante de evolução.
Então, talvez seja a jornada, ela mesma, o fim. Porventura, pode ser que não haja um fim, um destino preciso, mas a busca pela melhoria contínua, a obsessão sensata pela satisfação do cliente, semana após semana, mês após mês, ano após ano, ouvindo-o e estreitando os laços com ele cada vez mais, a fim de conhecê-lo cada vez melhor.
Ibraim Gustavo é jornalista, escritor e educador, Pós-graduado em MKT e MBA em Comunicação e Mídia
Publicado às 13h52
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