Cotidiano

Ambiente de trabalho compartilhado deverá ganhar força no pós-pandemia, apontam especialistas

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O home office veio para ficar, mas não da forma que funciona hoje. É o que mostram pesquisas feitas por consultorias e plataformas de recrutamento como Robert Half, Michael Page e Revelo.

Apesar de ter agradado boa parte dos colaboradores e gestores, junto com este novo modelo de trabalho vieram problemas: jornadas mais longas (52%), dificuldade para separar vida pessoal e profissional (51%) e medo de demissão (74%) são algumas questões apontadas por colaboradores que adotaram o home office.

Uma alternativa que tem se mostrado bastante interessante ao modelo do home office são os espaços de trabalho compartilhados, ou coworkings, onde várias empresas e freelancers compartilham o mesmo ambiente profissional e ideias, dividindo entre si as despesas gerais e os locais de área comum e criando um espaço de networking e troca de ideias e informações que se tornou tão raro nos tempos atuais.

O espaço OK Coworking, inaugurado no final de 2019, é pioneiro neste modelo em Jaguariúna e região e seus idealizadores estão otimistas com o cenário que se vislumbra quando a pandemia estiver sob controle. “Acredito que o home office veio para ficar de forma alternada com o presencial, já que gerou grandes economias para as empresas, porém sozinho mostrou não ser o sistema de trabalho ideal para a maior parte das pessoas. O modelo híbrido, com a utilização de espaços compartilhados, permite a socialização, trocas de ideias e incentiva a criatividade gerada nas interações entre as pessoas”, explica a empresária Carolina Marmo Pepe, proprietária do espaço.

Acompanhe a entrevista a seguir sobre estes novos modelos de trabalho que surgiram nos últimos anos e vieram para ficar:

Você acha que tem havido uma certa saturação em relação ao home office ou ele veio pra ficar?

Carolina Marmo Pepe - O home office chegou de surpresa. De uma hora para outra não podíamos sair de casa e, a toque de caixa, as empresas se adaptaram para uma nova realidade que se mostrou bastante produtiva. Os funcionários que não encaravam mais o tempo do deslocamento ao trabalho podiam acordar mais tarde, se arrumar sem tanta pressa, flexibilizar horários e fazer mais coisas durante o dia e, assim, passaram (de forma geral) a render mais. Com o tempo, esses mesmos funcionários, já não tão animados com o fato de ficarem “trancados em casa”, sem interagirem de forma espontânea com seus times, sentindo falta de contatos sociais e trabalhando mais horas do que trabalhavam antes, viram a produtividade caindo e sintomas como depressão e ansiedade aparecendo, às vezes de forma sutil e outras vezes de forma acentuada. Acredito que o home office veio para ficar de forma alternada com o presencial, já que gerou grandes economias para as empresas, porém sozinho mostrou não ser o sistema de trabalho ideal para a maior parte das pessoas.

Muitas empresas já têm adotado o modelo híbrido, mesclando o trabalho em casa e o presencial na empresa. Você enxerga esta alternativa como o melhor modelo?

Sim, o modelo híbrido pode englobar os benefícios do home office e do presencial, mantendo boa parte da redução de custos para as empresas enquanto permite a socialização, trocas de ideias e incentiva a criatividade gerada nas interações entre as pessoas.

Passada a pandemia, acredita que voltará a haver um crescimento na demanda por espaços de trabalho compartilhado como o OK Coworking? Quais as principais vantagens que você vê neste modelo?

Este crescimento já se iniciou de forma tímida, mas é uma tendência. Os espaços de coworking permitem que se trabalhe perto de casa, diminuindo gastos e desgastes (emocionais e físicos) com deslocamento, reduz a estrutura física das empresas deixando a cargo do coworking preocupações como manutenção do espaço e contas fixas (como luz, água, internet, IPTU, etc.) e têm diversas outras vantagens como a criação de conexões (networking), contatos entre empresas que sejam potenciais clientes, trocas de ideias e aumento do foco no trabalho sem as distrações presentes em casa. Neste sistema a empresa só paga o que usa e se reduzir ou aumentar a quantidade de funcionários, não precisa avaliar reduções ou aumentos de sua estrutura física.

Apesar dos avanços tecnológicos, o quanto ainda dependemos das interações humanas para sermos mais produtivos no dia a dia?

A interação humana continua sendo essencial. Podemos ficar isolados durante certo tempo, mas a necessidade de contatos pessoais fica cada vez mais evidenciada. Mesmo com reuniões online, percebe-se a necessidade que as pessoas têm de interagir presencialmente. É característica do ser humano viver em sociedade e desenvolver vínculos profissionais e pessoais, vínculos que não podem ser substituídos integralmente por chamadas de vídeo. É inegável a importância que esses avanços tecnológicos têm atualmente, por isso acredito que os modelos híbridos de trabalho tendem a imperar no futuro próximo.

O que o espaço OK Coworking oferece:

- Serviços de mentoria

- Serviços de endereço comercial

- Serviços de endereço fiscal

- Conexões entre clientes e grupos locais de empresários

- Possibilidades de parceria para que o cliente tenha acesso a novas formas de divulgação do seu negócio

Espaços de locação por hora, período ou por mês:

- Salas de reuniões

- Salas de treinamento

- Salas comerciais privativas

- Área de trabalho compartilhada

- Sala de atendimento terapêutico (bastante utilizada por psicólogos)

Localização:

O espaço OK Coworking fica localizado à Rua Mato Grosso, 142, Bairro Frazatto (próximo ao Cartório da Rua São Paulo), em Jaguariúna.

Com informações de Amauri da Rocha

Publicado às 5h58

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