A Rede Municipal de Educação de Amparo/SP se destacou no Congresso Nacional online de Educação Inclusiva/CONEI, que aconteceu de 10 a 13 de fevereiro de 2021.
Maria Luisa Pozzebom Benedetti, coordenadora do Programa de Educação Inclusiva da Rede, Marisol Regina Pavani de Oliveira e Roberta Maria Spajari Anibal, professoras da Educação Especial, e Eliane Ramos, assessora, apresentaram o trabalho “A prática da Educação Bilíngue e Inclusiva na Rede Municipal de Educação de Amparo/SP”, que obteve o primeiro lugar, por compartilhar uma forma inédita, no contexto nacional, de praticar a Educação Bilíngue e Inclusiva.
O evento contou com a participação de pesquisadores renomados, como a Profa Dra Maria Teresa Eglér Mantoan, que coordena o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (Leped), da Unicamp.
Para Eliane Ramos, nesse Congresso, “fomos vozes que comunicaram o envolvimento, o compromisso e a dedicação de cada professora que trabalha nas turmas comuns bilíngues e inclusivas, na Educação Especial, equipes escolares, famílias e alunos”. Ela destacou a importância do compromisso da Equipe da Secretaria Municipal de Educação que, desde 2006, move esforços para que a Educação Bilingue e Inclusiva seja uma realidade.
A assessora, em parceria com os profissionais da Rede, têm registrado e divulgado os estudos que realiza em artigos, capítulos de livros e outros meios. Parte dessa construção está disponível em seu doutorado que tem como título
“Alfabetização e letramento de alunos com surdez no ensino comum”, realizado na Unicamp. Nele, a pesquisadora retratou um caso da Rede que adquiriu a Libras e aprendeu a ler e a escrever na Língua Portuguesa.
Luisa Benedetti ressaltou que a Educação Bilíngue e Inclusiva “faz parte do Programa ‘A educação tem muitas faces: educando e aprendendo na diversidade’, que teve início em 2001”. A coordenadora acredita que o “entendimento de como a inclusão escolar pode ser praticada no dia a dia é a grande base para a construção deste trabalho”.
Na Rede de Amparo/SP, as turmas comuns, que teêm alunos considerados com surdez, têm dois professores, um que se comunica na Língua Portuguesa e outro que sinaliza na Libras.
As duas línguas são trabalhadas ao mesmo tempo em todas as atividades com todos da turma, criando um ambiente de imersão, propício à formação de alunos bilíngues. Essa prática educacional e pedagógica, pioneira no Brasil, recebeu o nome de Bilinguismo Concomitante. Os serviços da Educação Especial, dentre eles, o Atendimento Educacional Especializado (AEE), tem um papel fundamental na identificação e na eliminação de barreiras que dificultam ou impedem que todos os alunos adquiram fluência tanto na Libras como na Língua Portuguesa.
Outra novidade criada pela Rede, e que chamou a atenção dos participantes do CONEI pelo seu ineditismo e inovação, é a Acessibilidade Sonora na Educação Bilíngue e Inclusiva.
As autoras do trabalho premiado ressaltam que este reconhecimento nacional é mérito de toda a Rede Municipal de Educação, formada pela Secretária de Educação, por supervisoras, diretoras, coordenadoras, professoras do ensino comum, da Educação Especial, alunos e suas famílias, que não medem esforços para que a Educação Bilíngue e Inclusiva aconteça na prática.
Publicado às 6h05
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