Com o objetivo de delimitar as características comerciais das agências de viagens do Estado, a Secretaria de Turismo do Estado, por meio da Coordenadoria de Turismo e do Centro de Inteligência e Economia do Turismo (CIET), fez a pesquisa “Agência de Viagens Paulistas – Análise Mercadológica”. Os questionários foram respondidos em julho, permitindo uma visão geral de como o segmento está organizado no Estado, além dos impactos do coronavírus na expectativa de vendas no auge da pandemia.
Quanto ao perfil, 66,3% das agências se dedicam ao
chamado turismo emissivo, ou seja, vendem outros destinos, nacionais e
internacionais, além do próprio Estado. O segundo grupo, com 18,2%, se auto
define como “operadoras”, empresas que montam pacotes, elaboram programas por
meio da contratação e subcontratação de serviços, vendidos depois por meio dos
agentes de viagens. Já o turismo receptivo, agências que fazem o atendimento
local para os turistas, somaram 15,5% das empresas. O Estado de São Paulo tem
mais de nove mil agências no Cadastur, cadastro do Ministério do
Turismo.
“Este resultado demonstra que os destinos turísticos do
Estado precisarão de um olhar mais cuidadoso quanto ao aumento da demanda que
estamos gerando”, entende o secretário de Turismo, Vinicius Lummertz. “As
vendas se darão diretamente entre o cliente e os atrativos, os hotéis e os
demais serviços. Algo que já acontece, é verdade, mas que agora temos a exata
dimensão do quanto”. A maioria das cidades turísticas é visitada pelo próprio
paulista, de forma autônoma, em carro próprio, sem a intermediação de agências.
Sobre a localização dos mais comercializados pelas
agências, 54,16% são destinos nacionais fora do Estado, 24,96% em São Paulo e
20,88% viagens internacionais.
Potencial – O segmento de “sol, praia e náutico” é o mais
trabalhado pelas agências, com 67,8% das respostas. Na sequência, aparecem
“ecoturismo, aventura e rural”, com 49,9%, “parques temáticos”, 49,7%,
“negócios e eventos” e “cultural”, 46%. Os resultados, segundo a Setur-SP,
demonstram o potencial a ser explorado pelo Estado, que tem praias, parques
temáticos e naturais, Mata Atlântica, serras e atrativos rurais, além da
liderança nas viagens de negócios e no calendário cultural.
Já entre os destinos mais vendidos, aparecem na frente
dois nordestinos: Maceió (AL), em primeiro, e Porto Seguro, sul da Bahia. Em
terceiro ficou Gramado, na Serra Gaúcha. No quarto lugar, Ubatuba, no Litoral
Norte, primeira paulista do ranking. Além da cidade praiana, as mais vendidas
pelas agências de viagens do Estado são Brotas, Olímpia, Campos do Jordão,
Aparecida, Serra Negra, Atibaia, a capital paulista, São Roque e Ilhabela.
Com informações do Governo do Estado de São Paulo
Publicado ás 17h13
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