Quando falamos em distribuição de renda, diminuição da pobreza, combate às desigualdades, erradicação da fome, aumento de vagas de emprego e melhores condições de trabalho, estamos falando também de prevenção de doenças, sobrevivência e sustentabilidade dos sistemas de saúde, e manutenção da dignidade da vida e do trabalho do homem.
Proporcionar dignidade ao trabalhador é investir na prevenção de males que podem afetar toda a sociedade, e que podem submeter toda a humanidade a riscos que ela não pode mais correr.
A pandemia mundial de Coronavírus colocou um foco sobre diversas questões que precisavam ser discutidas, especialmente nas pautas de governos, de empresas e da mídia, como a responsabilidade que todos têm com questões de justiças sociais e a manutenção da saúde do trabalhador.
Repensar o futuro é pensar na humanidade
A Caçadora de Tendências e Futurista Sabina Deweik aponta uma série de dados para mostrar como o mundo - e o futuro - precisam ser repensados para que a vida humana seja sustentável a longo prazo, questões que foram escancaradas a partir da pandemia de Covid-19.
Distribuição de riquezas, síndromes e patologias sociais e emocionais, e sustentabilidade entram no rol de assuntos de extrema urgência: “estima-se que existem 14 milhões de toneladas métricas de microplásticos no fundo dos oceanos [...] os 2.153 bilionários do mundo detém mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas [...] e segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 322 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo”.
Ao olhar para esse quadro, não nos é permitido ficar estagnados. Ele precisa nos incomodar e nos impelir a buscar (e encontrar!) soluções: “E a pergunta que me vêm automaticamente ao me deparar com esses números, é: o que estamos produzindo como humanidade?”, afirma Sabina Deweik.
Se desejamos um futuro, é imprescindível pensar na continuidade da vida humana na Terra, e isso passa por garantir formas de subsistência para todos. Empregos justos, seguros e que permitam qualidade de vida para os trabalhadores e suas famílias, com rendas honestas e bem distribuídas.
E para isso, é fundamental que todos, empreendedores, profissionais, governos e sociedade em geral compreendam o papel social de cada um nessa nova perspectiva. E isso inclui nossa responsabilidade como consumidores de produtos, serviços e marcas que sejam mais responsáveis em relação à natureza e ao homem.
Ibraim Gustavo é jornalista, escritor e educador, Pós-graduado em MKT e MBA em Comunicação e Mídia
Publicado às 12h31
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