Opinião

O medo de errar impede sonhos e atrasa o desenvolvimento da humanidade

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Muita gente deixa de empreender porque tem medo do futuro e de que algo possa dar errado. O medo de errar impede sonhos e, num cenário mais dramático, atrasa o desenvolvimento da humanidade.

Hoje nós não vamos falar sobre não errar. Ao contrário, defenderemos que o risco é um dos maiores impulsionadores do empreendedorismo. 

Fato é que ninguém gosta de errar. Mas os grandes empreendedores que o mundo conhece não temem esse fato, antes usam essa possibilidade o mais rápido possível para aprender com ela, ajustar sua criação, e colocarem-na à disposição da humanidade o quanto antes.

Pessoas diferentes têm a mesma ideia ao mesmo tempo

Algo importante a se destacar é que a pessoa que tem medo de errar prejudica mais a si mesma que a outros. 

Explico: uma pessoa que teve uma grande ideia acredita que se investir nela terá muito sucesso, vai criar algo inovador e colaborar com o desenvolvimento do homem, da economia e da sociedade.

Mas geralmente, grandes ideias são fruto de muita pesquisa, curadoria e visão de sinais e tendências. Logo, se alguém teve essa iluminação, por que outros não a tiveram também?

O que diferencia um aventureiro de um verdadeiro empreendedor é que enquanto aquele apenas tem uma boa ideia, o segundo a põe em prática, como afirma Cássio Spina, empreendedor e investidor anjo: “A ideia em si não é tão importante, o investidor vai ver o quanto o empreendedor consegue executar”

Ou seja, quem tem medo de errar pode nunca sair do estágio em que se encontra atualmente. Porém, ainda que sua ideia seja uma grande oportunidade para a humanidade, seu medo não vai impedir a evolução da sociedade e do homem.

Exemplos de empreendedores que não tiveram medo de errar

Assim como qualquer outro ser humano, os empreendedores mais inovadores do Brasil e do mundo também correm riscos e podem sentir medo de errar, todavia não deixam que esse sentimento os aprisione.

Uri Levine, criador de startups e fundador do Waze, aplicativo de transportes, define um dos grandes pilares que sustentam a ideia de toda startup - o MVP (Minimum Viable Product).

“Cometa seus erros rápido, para consertar rápido”, afirma o israelense que criou o aplicativo de trânsito para solucionar problemas reais, de pessoas reais, na vida real.

Outro grande empreendedor, Reid Hoffman criou a maior rede social profissional do mundo, o LinkedIn, afirmando que “se você não tem vergonha da primeira versão do seu produto (MVP), você demorou demais para lançar”.

Um dos maiores varejistas do Brasil, Rony Meisler, fundador e CEO da Reserva afirma categoricamente: “nasceu perfeito, nasceu tarde”.

Vai com cara de inacabado, mesmo!

Se seu produto é realmente revolucionário e inovador, a primeira versão dele nunca terá uma cara de inacabado, porque ninguém o conhece, correto? Então, que tal lançar assim, mesmo? Vai com cara de inacabado, mesmo!

Se o medo de errar  for superior ao seu desejo de inovar, de lançar um produto ou serviço, e de transformar a sociedade, talvez ele não seja tão impactante assim. Porque, se de fato for, ele sozinho é motivo suficiente para te impelir e encorajar.

O escritor norte-americano Lemony Snicket nos desperta e convida à reflexão ao dizer que “se nós esperarmos até estarmos prontos, esperaremos a vida inteira”.

Publicado às 11h25

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