Segundo o estudo, ao mesmo tempo em que o uso de máscara traz uma percepção de jovialidade, por cobrir parte do rosto, a exposição em reuniões remotas desafia as pesquisas cosméticas por produtos que devolvam a aparência saudável da face
Ao mesmo tempo em que atua como uma barreira contra o novo coronavírus, a máscara proporciona uma percepção de jovialidade a quem a usa. Esta é a conclusão de um estudo publicado no respeitado Aesthetic Surgery Journal. Por outro lado, a pesquisa também avalia que a exposição em reuniões virtuais, atividade que se tornou corriqueira no trabalho de home office, aumentou potencialmente a sensação de autoconsciência do envelhecimento. Com isso, houve também uma procura significativa por tratamentos faciais para uma aparência mais descansada e saudável.
Com o rosto protegido pela máscara, os voluntários do estudo publicado pela Aesthetic Surgery Journal afirmam se sentir 3,16 anos mais jovens. “Justamente neste terço inferior da face que fica escondido, o avançar da idade evidencia as rugas labiais verticais, as dobras nasolabiais e também a papada, que deixam as pessoas com aparência mais envelhecida”, observa Lucas Portilho, farmacêutico especialista em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), responsável pelo Instituto de Cosmetologia.
A procura por tratamentos que proporcionam um aspecto mais saudável ao rosto, como é revelado na pesquisa, também fez aumentar significativamente o desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos cosméticos para este fim. Segundo o especialista, a demanda por itens cosméticos, especialmente para as áreas dos olhos, do pescoço, da boca e também o contorno facial, fez com que o volume de produtos desenvolvidos por ele triplicasse durante a pandemia. “No Instituto de Cosmetologia, precisamos reforçar a equipe para lidar com essa nova demanda”, diz o especialista.
O trabalho remoto também contribuiu para a jovialidade das pessoas durante a pandemia. “Por questões profissionais, à medida que foram se expondo nas lives e nas reuniões virtuais, as pessoas notaram sinais bastante perceptíveis que podem ser tratados com produtos adequados a cada tipo e histórico de pele”, observa.
Para Lucas Portilho, o “incômodo” com a aparência em tempos de lives e reuniões remotas na pandemia não deve se limitar às questões estéticas. “Esta busca por tratamentos, ao mesmo tempo em que aponta uma necessidade de as pessoas ficarem mais bonitas, mostra um cuidado essencial que devemos ter com nossa saúde. E aqui se inclui a escolha de produtos cosméticos seguros e bem formulados”, finaliza.
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