O Governo de SP anunciou nesta quarta-feira (10) que o estado de São Paulo teve a menor taxa de mortalidade infantil da história em 2020. Pela primeira vez, a taxa alcançou o patamar de um dígito, chegando a 9,75 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos.
“É gratificante e recompensador para todos nós, que
atuamos na gestão pública, o registro de mais um feito inédito na história de
São Paulo e do Brasil. Especialmente em relação a um ano tão difícil como foi
2020”, declarou o Governador Joao Doria.
Nas últimas duas décadas, o estado registrou uma queda de 42,6%. Em 2000, a taxa era de 17 por mil nascidos vivos. Os dados são da publicação anual realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE).
Os dados refletem a melhoria nas estratégias preventivas
de assistência na rede pública de saúde do Governo de SP, como investimentos em
saneamento básico, além de iniciativas rotineiras e campanha de imunização.
Ao longo dos últimos dois anos, a Secretaria de Estado da
Saúde vem desenvolvendo ações compartilhadas com diversas áreas técnicas da
pasta, além de parcerias com a Secretaria de Desenvolvimento Social por meio do
Comitê Estadual pela Primeira Infância, o programa Saúde na Escola com a
Educação e o programa Parcerias Municipais com a Secretaria de Desenvolvimento
Regional.
Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde realiza
articulação com os Comitês de Vigilância de Óbitos municipais e regionais;
qualificação do pré-natal orientado pela linha de Cuidado da Gestante;
qualificação ao parto e ao recém-nascido, por meio de processos de treinamentos
específicos; apoio técnico para as regiões de saúde através reuniões
macrorregionais com os pontos de atendimento da rede e Ciclo Gravídico
Puerperal e Neonatal, incluindo Alto Risco; ampliação da rede de assistência às
crianças vítimas de violências; ações de supervisão e apoio para as ações da
rede estadual de Bancos de Leite de Humano (BLH).
“Está é uma marca histórica fruto de um trabalho conjunto
e contínuo entre o Estado e os 645 municípios. As iniciativas e ações
preventivas voltadas para a saúde da mulher e da criança fizeram com que São
Paulo chegasse a um patamar único em sua história. O objetivo agora é ainda
mais desafiador e vamos trabalhar para continuar diminuindo estes índices”,
destaca o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.
Perfil das mães e doenças relacionadas ao óbito infantil
Considerando a idade da mãe, as principais reduções estão
na faixa de 25 a 40 anos, com maior risco de morte antes do primeiro ano de
vida nos casos de mulheres que deram à luz antes dos 19 e após os 40.
Cerca de nove a cada dez mortes infantis estão
relacionadas a doenças originadas no período perinatal (entre 22 semanas de
gestação até os 7 dias após o nascimento do bebê), malformações congênitas;
doenças infecciosas e parasitárias, e do aparelho respiratório.
O período neonatal precoce, de 0 a 6 dias de vida, representa a maior proporção dos óbitos infantis, com 51% do total.
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