Opinião

Uma transformação radical, o Facebook agora é Meta

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A alteração da empresa de Facebook para Meta não muda apenas o nome de uma companhia. É a promessa da criação de uma nova realidade e uma nova versão do mundo.

Você já parou pra pensar como nossas vidas podem ser transformadas com a mudança do Facebook para Meta?

O Facebook agora é Meta, e nós precisamos compreender quais os impactos que isso pode trazer para a nossa realidade.

Profissionais visionários formam empresas futuristas

Mark Zuckerberg é, antes de tudo, um profissional visionário e extremamente inteligente.

Sua observação atenta de cenários permite que ele desenhe possibilidades de futuro muito próximas da realidade.

Ser um futurista não é prever o que vai acontecer com uma bola de cristal ou uma profecia barata.

Antes, é a síntese de uma observação profunda dos acontecimentos do passado, analisando seus impactos no presente, para gerar ensaios para o futuro.

Muitas empresas e profissionais se destacam na atividade de futurismo, como um ramo da economia e dos negócios.

A construção desse pensamento é tácita: a revolução dos meios e das formas de comunicação gerou grandes impactos.

A transformação da comunicação permitiu o surgimento de novas linguagens e plataformas, como a prensa, o telégrafo, o rádio e a televisão.

A velocidade empregada na construção dessas realidades comunicacionais permitiu o aparecimento da internet.

E a internet como conhecemos evoluiu consideravelmente, da discada para a banda larga, para o 3G, 4G, 5G.

Toda aquela imensa aparelhagem que era necessária para se utilizar a internet foi drasticamente reduzida.

Em seu discurso de apresentação e lançamento do iPhone, o ex-CEO da Apple, Steve Jobs, falava sobre produtos disruptivos.

O smartphone foi uma dessas revoluções que vivenciamos de tempos em tempos, e substituiu celulares, computadores e notebooks.

Jobs falou de três produtos revolucionários da Apple: 

1. Um iPod - uma tela com controles sensíveis ao toque;

2. Um revolucionário telefone celular;

3. Um dispositivo de comunicação de internet quebrador de barreiras.

A essa altura de seu discurso, o visionário e futurista Steve Jobs já era aplaudido pela audiência presente no teatro.

Porém, ele segue: “Um iPod, um telefone e um comunicador de internet. Vocês estão entendendo?”, pergunta ele.

O público entra em êxtase quando ele revela: “Estes não são três dispositivos separados. Este é um dispositivo. E nós o chamamos: iPhone.”.

Ele prometeu que naquele dia, em 2007, a Apple iria reinventar o telefone. Ele cumpriu.

Homens visionários, com ideias futuristas, abrem as portas para o mundo ser completamente transformado. 

É o que está acontecendo agora, com a mudança não apenas do nome, mas do paradigma Facebook - Meta.

Assim como Jobs, Mark Zuckerberg está prometendo uma disrupção total com tudo o que conhecemos hoje.

Facebook agora é Meta

Como a alteração do nome de uma empresa pode afetar tanto as nossas vidas, o nosso cotidiano e as nossas escolhas?

Cristiano Kruel, CIO da Startse, afirma que “o prefixo meta é utilizado com a intenção de descrever a sua própria categoria, a sua própria coisa”.

O termo, que tem origem no idioma grego é, segundo o especialista em inovação: “Meta é filosófico, e significa falar sobre a essência da coisa”.

Falar sobre Meta não é falar sobre a mudança de nome de uma companhia, tampouco sobre uma nova empresa que está surgindo.

Meta é uma visão futurista altamente revolucionária, que pode - e vai - nos levar a outro patamar de consciência e possibilidades de realizações.

A discussão entre os futuristas sempre foi qual seria a nova internet, no sentido de um produto ou serviço tão disruptivo quanto ela.

As apostas dos especialistas ficavam entre Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA).

Porém, após o anúncio de Zuckerberg, podemos dizer que é muito provável que estejamos diante da maior disrupção das últimas décadas.

Talvez, seja o Metaverso a nova internet. Ou seja, tenha o mesmo impacto na sociedade que a internet teve anos atrás.

A promessa da Meta é tirar as pessoas de diante das telas, e levá-las à realidades construídas.

E, por enquanto, isso ainda irá ocorrer com o uso de relógios, óculos de realidade aumentada e outros dispositivos diferentes.

mas, creio eu, que chegará um dia em que nada disso será necessário. Seremos conectados diretamente com o metaverso.

Ou melhor, criaremos o nosso próprio metaverso, nossa própria meta versão, nossa realidade.

Será uma realidade profundamente imersiva e sensorial, conectando as pessoas e transformando as relações sociais.

Essa possibilidade é totalmente disruptiva. Porém, podemos estar diante de cenários perigosos e extremamente complexos. 

- Como lidar com realidades alternativas? 

- Como não se vincular à experiências e delas não querer sair mais?

- Como retornar à realidade da vida?

- Como separar a realidade criada da verdade absoluta e palpável?

Ou melhor, é possível separá-las? Conseguiremos entender o que é realidade absoluta e o que é realidade criada?

Teremos um mundo de possibilidades inimagináveis, com soluções para inúmeros problemas da humanidade.

Aos poucos, presenciaremos profundas revoluções na saúde e na medicina, na educação, no turismo e nas experiências.

Entretanto, precisaremos nos adaptar à nova realidade que está nascendo, e saber nos organizar para sobreviver nela, e à ela.

O Facebook agora é Meta. Precisamos entender como a humanidade pretende encarar essa realidade, que será apenas uma, diante de milhões de novas possibilidades.

Ibraim Gustavo é jornalista, escritor e educador, Pós-graduado em MKT e MBA em Comunicação e Mídia

Publicado às 13h30

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