A família do professor Dalmo de Abreu Dallari comunica seu falecimento,
ocorrido na data de hoje, 8/4, em São Paulo, em decorrência de insuficiência
respiratória.
O professor Dalmo de Abreu Dallari tinha 90 anos e deixa esposa, 7
filhos, 13 netos e 2 bisnetos, e várias gerações de alunos e seguidores, aos
quais se dedicou em mais de 60 anos de magistério e atuação na promoção dos
direitos humanos.
O velório será realizado na Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo, no Largo de São Francisco, 95.
Trajetória de um grande jurista
Nascido em Serra Negra, em 31 de dezembro de 1.931, Dallari formou-se em
Direito pela Universidade de São Paulo em 1957. Foi aprovado, em 1963, no
concurso para livre-docente em Teoria Geral do Estado na FDUSP. No ano seguinte
passou a integrar o corpo docente da universidade.
Em 1974, venceu o concurso de títulos e provas para professor titular de
Teoria Geral do Estado, formando gerações de alunos até sua aposentadoria, em
2001.
Na história, são diversas as publicações a enriquecer sua trajetória.
Entre suas principais obras, destaca-se “Elementos de Teoria Geral do Estado”.
Sua tese de titularidade, republicada em 2001, é obra pioneira acerca de “O
Futuro do Estado”, em que trata do conceito de Estado mundial, do mundo sem
Estados, dos chamados Superestados e das múltiplas formas de Estados do
Bem-Estar.
Seu trabalho em prol da cidadania ganha destaque ainda mais ampliado na
luta pelo resgate do Estado de Direito Brasileiro e pela preservação da democracia,
especialmente duramente e após a reconquista democrática, com a Constituição de
1988.
As marcas mais fortes desse caminho estão registradas logo após o golpe
de 1964, quando passou a fazer oposição ao regime militar. Nessa construção, a
partir de 1972, ajudou a organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da
Arquidiocese de São Paulo, ativa na defesa dos direitos humanos.
Entre 1986 e 1986 foi Diretor da Faculdade. Como marcas de sua gestão de
diretor na SanFran, o jurista foi precursor na construção do prédio anexo à
Faculdade.
Ainda em sua Diretoria, durante o período da Assembleia Nacional
Constituinte, entre 1987 e 1988, a Faculdade de Direito do Largo São Francisco
abriu suas portas para os movimentos sociais, colaborando não só no esclarecimento
do povo sobre o que se debatia na Constituinte, mas na mobilização e elaboração
de inúmeras das chamadas "emendas populares".
Atuou também na vida pública. De agosto de 1990 a dezembro de 1992 foi
Secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura do Município de São Paulo.
Em 1996, tornou-se professor catedrático da Unesco na cadeira de
Educação para a Paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância, criada na
Universidade de São Paulo.
Entre várias láureas recebidas na carreira está o Prêmio Juca Pato, em
1980, concedido anualmente em São Paulo pela União Brasileira de Escritores.
A Faculdade de Direito outorgou a Dalmo Dallari o título de Professor
Emérito em 2007.
Com informações da USP - Universidade de São Paulo
Publicado às 15h27
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