De acordo com dados do CAGED, a questão salarial dos pedreiros no Brasil tem progredido nos últimos anos, apresentando uma alta de 19,09% entre maio de 2020 e novembro de 2022. Atualmente, a média salarial desses profissionais é de R$ 2.007,00 por mês, o que equivale a R$ 24.084 anuais. No entanto, ao comparar com países de primeiro mundo, nota-se que o valor ainda é baixo. Em Londres, os pedreiros chegam a receber até 1.200 libras por semana, enquanto em Paris a remuneração semanal pode chegar a até 2.000 euros.
Os valores de piso e teto salarial dos pedreiros no Brasil variam de acordo com a região. O Sul é onde os pedreiros ganham mais, com média salarial de R$ 2.120, seguido pelo Sudeste, com salário médio de R$ 2.071. Na posição intermediária está o Centro-Sul, onde a média salarial é de R$ 1.931, enquanto o Nordeste apresenta média salarial de R$ 1.836. O Norte é a região com menor média salarial, R$ 1.808. É importante destacar que esses valores do CAGED levam em conta apenas empregos formais e com carteira assinada, não incluindo a remuneração de profissionais que atuam na informalidade.
Estados onde os pedreiros ganham mais
Santa Catarina lidera o ranking das regiões que mais pagam aos pedreiros no Brasil, com um salário médio de R$ 2.199,15 por mês, teto de R$ 3.323,43 e piso de R$ 2.139,09. O estado também é o lar da cidade que oferece o melhor salário para a categoria, Porto Belo, onde o pagamento é de R$ 11,55 por hora e a remuneração média mensal é de R$ 2.538,16.
Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com um piso salarial de R$ 2.119,46 e teto de R$ 3.292,93. O salário médio mensal dos pedreiros cariocas é de R$ 2.178,97, com uma média de R$ 10,13 por hora. A capital do estado é a segunda cidade que melhor paga a categoria, com uma média salarial de R$ 2.273,63 mensais e pagamento de R$ 10,53 por hora trabalhada.
A lista de estados onde os pedreiros ganham mais segue com:
- Paraná: Piso de R$ 2.126,52, teto de R$ 3.303,89 e média de R$ 2.186,23 – R$ 9,97 por hora;
- São Paulo: Piso de R$ 2.103,86, teto de R$ 3.268,68 e média de R$ 2.162,93 – R$ 9,86 por hora;
- Bahia: Piso de R$ 1.977,67, teto de R$ 3.072,64 e média de R$ 2.033,20 9,31 – R$ 9,31 por fora;
- Roraima: Piso de R$ 1.977,37, teto de R$ 3.072,17 e média de R$ 2.032,89 – R$ 9,29 por hora;
- Espírito Santo: Piso de R$ 1.903,91, teto de R$ 2.958,04 e média de R$ 1.957,37 – R$ 9,05 por hora;
- Mato Grosso: Piso de R$ 1.913,88, teto de R$ 2.973,53 e média de R$ 1.967,62 – R$ 8,97 por hora;
- Goiás: Piso de R$ 1.901,52, teto de R$ 2.954,32 e média de R$ 1.954,91 – R$ 8,94 por hora;
- Distrito Federal: Piso de R$ 1.874,64, teto de R$ 2.912,56 e média de R$ 1.927,28 – R$ 8,38 por hora;
- Minas Gerais: Piso de R$ 1.858,92, teto de R$ 2.888,14 e média de R$ 1.911,12 – R$ 8,77 por hora;
- Rio Grande do Sul: Piso de R$ 1.862,48, teto de R$ 2.893,67 e média de R$ 1.914,78 – R$ 8,73 por hora;
- Acre: Piso de R$ 1.812,97, teto de R$ 2.816,75 e média de R$ 1.863,88 – R$ 8,50 por hora.
Com a já citada Porto Belo sendo a cidade que melhor paga pedreiros, o resto do ranking é dominado pelas regiões Sul e Sudeste:
- Ponta Grossa (PR): Piso de R$ 2.142,87, média de R$ 2.249,28 e teto de R$ 3.399,18 – R$ 10,26 por hora;
- Caxias do Sul (RS): Piso de R$ 2.168,52, média de R$ 2.276,21 e teto de R$ 3.439,87 – RS 10,41 por hora;
- Passo Fundo (RS): Piso de R$ 2.173,45, média de R$ 2.281,38 e teto de R$ 3.447,70 – R$ 10,41 por hora;
- Rio de Janeiro (RJ): Piso de R$ 2.166,06, média de R$ 2.273,63 e teto de R$ 3.435,98 – R$ 10,53 por hora;
- Bento Goncalves (RS): Piso de R$ 2.239,65, média de R$ 2.350,88 e teto de R$ 3.552,72 – R$ 10,69 por hora;
- Duque de Caxias (RJ): Piso de R$ 43 2.302,97, média de R$ 2.417,34 e teto de R$ 3.653,15 – R$ 11,16 por hora;
- Patos de Minas (MG): Piso de R$ 2.290,41, média de R$ 2.404,16 e teto de R$ 3.633,23 – R$ 11,05 por hora;
- Palhoça (SC): Piso de R$ 2.333,46, média de R$ 2.449,34 e teto de R$ 3.701,52 – R$ 11,14 por hora;
- Balneário Camboriú (SC): Piso de R$ 2.334,28, média de R$ 2.450,20 e teto de R$ 3.702,82 – R$ 11,14 por hora;
- Itapema (SC): Piso de R$ 2.415,68, média de R$ 2.535,64 e teto de R$ 3.831,94 – R$ 11,53 por hora.
Estados com as menores remunerações
Embora a região Norte seja a última no ranking de remunerações dos pedreiros, é no Nordeste que os estados com as menores remunerações estão localizados. Na última posição da lista, encontra-se o Rio Grande do Norte, com um piso salarial de R$ 1.564,59 e teto de R$ 2.430,85. A média salarial é de R$ 1.608,52, com rendimentos de R$ 7,34 por hora trabalhada.
Em penúltimo lugar está Sergipe, com salário mínimo de R$ 1.596,58 e remunerações que chegam a até R$ 2.480,54. A média salarial é de R$ 1.641,41 e os pedreiros recebem R$ 7,61 por hora trabalhada lá. Os demais estados na lista são:
- Pernambuco: Piso de R$ 1.799,79, média de R$ 1.850,32 e teto de R$ 2.796,26 – R$ 8,49 por hora;
- Maranhão: Piso de R$ 1.776,46, média de R$ 2.760,01 e teto de R$ 1.826,33 – R$ 8,43 por hora;
- Amapá: Piso de R$ 1.786,71, média de R$ 2.775,94 e teto de R$ 1.836,88 – R$ 8,38 por hora;
- Tocantins: Piso de R$ 1.769,92, média de R$ 1.819,61 e teto de R$ 2.749,86 – R$ 8,30 por hora;
- Rondônia: Piso de R$ 1.762,50, média de R$ 1.811,99 e teto de R$ 2.738,33 – R$ 8,26 por hora;
- Pará: Piso de R$ 1.743,20, média de R$ 1.792,15 e teto de R$ 2.708,34 – R$ 8,26 por hora;
- Mato Grosso do Sul: Piso de R$ 1.757,61, média de R$ 1.806,96 e teto de R$ 2.730,73 – R$ 8,23 por hora;
- Ceará: Piso de R$ 1.750,86, média de R$ 1.800,02 e teto de R$ 2.720,24 – R$ 8,21 por hora;
- Amazonas: Piso de R$ 1.698,65, média de R$ 1.746,35 e teto de R$ 2.639,13 – R$ 8,03 por hora;
- Paraíba: Piso de R$ 1.679,51, média de R$ 1.726,67 e teto de R$ 2.609,39 – R$ 7,89 por hora;
- Piauí: Piso de R$ 1.678,18, média de R$ 1.725,30 e teto de R$ 2.607,32 – R$ 7,88 por hora;
- Alagoas: Piso de R$ 1.644,75, média de R$ 1.690,93 e teto de R$ 2.555,38 – R$7,72 por hora;
- Sergipe: Piso de R$ 1.596,58, média de R$ 1.641,41 e teto de R$ 2.480,54 – R$ 7,61 por hora;
- Rio Grande do Norte: Piso de R$ 1.564,59, média de R$ 1.608,52 e teto de R$ 2.430,85 – R$ 7,34 por hora.
Já as cidades com menores remunerações se concentram nas regiões Norte e Nordeste:
- Parnamirim (RN): Piso de R$ 1.491,66, média de R$ 1.565,74 e teto de R$ 2.366,19 – R$ 7,18 por hora;
- Extremoz (RN): Piso de R$ 1.479,30, média de R$ 1.552,76 e teto de R$ 2.346,58 – R$ 7,07 por hora;
- Macaíba (RN): Piso de R$ 1.494,24, média de R$ 1.568,45 e teto de R$ 2.370,29 – R$7,14 por hora;
- Itabaiana (SE): Piso de R$ 1.450,08, média de R$ 1.522,09 e teto de R$ 2.300,23 – R$ 7,11 por hora;
- Tefé (AM): Piso de R$ 1.488,23, média de R$ 1.562,14 e teto de R$ 2.360,75 – R$ 7,10 por hora;
- Teixeira (PB): Piso de R$ 1.446,32, média de R$ 1.518,14 e teto de R$ 2.294,26 – R$ 6,90 por hora;
- Nossa Senhora da Gloria (SE): Piso de R$ 1.421,87, média de R$ 1.492,48 e teto de R$ 2.255,48 – R$ 6,80 por hora;
- Patos (PB): Piso de R$ 1.358,98, média de R$ 1.426,47 e teto de R$ 2.155,73 – R$ 6,49 por hora;
- Rorainópolis (RR): Piso de R$ 1.328,24, média de R$ 1.394,20 e teto de R$ 2.106,96 – R$ 6,34 por hora;
- Vitoria do Jari (AP): Piso de R$ 1.154,66, média de R$ 1.212,00 e teto de R$ 1.831,61 – R$ 5,51 por hora.
Salários dos pedreiros em cada capital
Ao analisar as remunerações nas capitais, as tendências são semelhantes às das cidades mencionadas anteriormente. Apesar de a região Norte apresentar as menores remunerações para pedreiros, três cidades nordestinas ficam abaixo dessa região neste ranking: Natal, Teresina e João Pessoa.
Além disso, as regiões Sul e Sudeste ocupam as primeiras quatro posições, com Florianópolis, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo. As capitais Boa Vista e Salvador são as melhor posicionadas fora desse eixo. Confira abaixo a lista completa:
- Natal (RN): Piso de R$ 1.542,81, média de R$ 1.619,43 e teto de R$ 2.447,33 – R$ 7,38 por hora;
- Teresina (PI): Piso de R$ 1.652,07, média de R$ 1.734,11 e teto de R$ 2.620,65 – R$ 7,91 por hora;
- João Pessoa (PB): Piso de R$ 1.664,25, média de R$ 1.746,90 e teto de R$ 2.639,97 – R$ 7,99 por hora;
- Manaus (AM): Piso de R$ 1.666,13, média de R$ 1.748,87 e teto de R$ 2.642,95 – R$ 8,04 por hora;
- Campo Grande (MS): Piso de R$ 1.690,78, média de R$ 1.774,74 e teto de R$ 2.682,05 – R$ 8,09;
- Belém (PA): Piso de R$ 1.700,51, média de R$ 1.784,96 e teto de R$ 2.697,48 – R$ 8,28 por hora;
- Palmas (TO): Piso de R$ 1.733,47, média de R$ 1.819,56 e teto de R$ 2.749,77 – R$ 8,28 por hora;
- Porto Velho (RO): Piso de R$ 1.737,76, média de R$ 1.824,06 e teto de R$ 2.756,57 – R$ 8,34 por hora;
- Brasília (DF): Piso de R$ 1.874,64, média de R$ 1.927,28 e teto de R$ 2.912,56 – R$ 8,38 por hora;
- Fortaleza (CE): Piso de R$ 1.748,59, média de R$ 1.835,42 e teto de R$ 2.773,74 – R$ 8,39 por hora;
- São Luís (MA): Piso de R$ 1.736,17, média de R$ 1.822,39 e teto de R$ 2.754,04 – R$ 8,40 por hora;
- Macapá (AP): Piso de R$ 1.765,19, média de R$ 1.852,85 e teto de R$ 2.800,08 – R$ 8,45 por hora;
- Rio Branco (AC): Piso de R$ 1.779,56, média de R$ 1.867,93 e teto de R$ 2.822,87 – R$ 8,51 por hora;
- Recife (PE): Piso de R$ 1.769,66, média de R$ 1.857,54 e teto de R$ 2.807,17 – R$ 8,52 por hora;
- Porto Alegre (RS): Piso de R$ 1.836,71, média de R$ 1.927,93 e teto de R$ 2.913,54 – R$ 8,83 por hora;
- Cuiabá (MT): Piso de R$ 1.856,33, média de R$ 1.948,51 e teto de R$ 2.944,65 – R$ 8,91 por hora;
- Belo Horizonte (MG): Piso de R$ 1.860,14, média de R$ 1.952,52 e teto de R$ 2.950,70 – R$ 8,93 por hora;
- Goiânia (GO): Piso de R$ 1.881,72, média de R$ 1.975,17 e teto de R$ 2.984,93 – R$ 9,02 por hora;
- Vitoria (ES): Piso de R$ 1.906,77, média de R$ 2.001,46 e teto de R$ 3.024,67 – R$ 9,19 por hora;
- Salvador (BA): Piso de R$ 1.946,96, média de R$ 2.043,65 e teto de R$ 3.088,43 – R$ 9,34 por hora.
- Boa Vista (RR): Piso de R$ 1.949,82, média de R$ 2.046,65 e teto de R$ 3.092,96 – R$ 9,34 por hora;
- São Paulo (SP): Piso de R$ 2.095,29, média de R$ 2.154,12 e teto de R$ 3.255,38 – R$ 9,81 por hora;
- Curitiba (PR): Piso de R$ 2.091,54, média de R$ 2.195,40 e teto de R$ 3.317,76 – R$ 10,01 por hora;
- Rio de Janeiro (RJ): Piso de R$ 2.166,06, média de R$ 2.273,63 e teto de R$ 3.435,98 – R$ 10,53 por hora;
- Florianópolis (SC): Piso de R$ 2.274,81, média de R$ 2.387,78 e teto de R$ 3.608,48 – R$ 10,87 por hora.
Quanto ganha um pedreiro por faixa etária?
Assim como na maioria das profissões, o salário do pedreiro aumenta proporcionalmente à sua idade. Segundo dados do CAGED, profissionais com menos de 20 anos e que começam na carreira ganham em média R$ 1.829,16 por mês – R$ 10,39 por hora trabalhada. Confira a progressão salarial completa do setor:
- Entre 21 e 30 anos: Média salarial de R$ 1.975,06 e R$ 11,2 por hora;
- Entre 31 e 40 anos: Média salarial de R$ 2.000,23 e R$ 11,36 por hora;
- Entre 41 e 50 anos: Média salarial de R$ 2.010,35 e 11,42 por hora;
- Entre 51 e 60 anos: Média salarial de R$ 2.021,18 e 11,48 por hora;
- Entre 61 e 70 anos: Média salarial de R$ 2.039,77 e 11,58 por hora;
- Acima de 70 anos: Média salarial de R$ 2.037,85 e 11,57 por hora.
Além dos salários separados por regiões e estados, o panorama da construção civil publicado pela Obramax possui outras informações importantes para o segmento, como cenário econômico e perspectivas para 2023.
Publicado às 13h36
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