Opinião

Indústria 4.0: Agenda brasileira para transformação da sociedade

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Muitos países estão há décadas se preparando para as transformações no mercado de trabalho e na economia, e educando seu povo para as profissões do futuro, que demandam em sua maioria de habilidades profissionais distintas das que tivemos até então.

Enquanto isso, aqui no Brasil sofremos problemas endêmicos na indústria, além de altas taxas de desemprego, e a falta de investidores internacionais, que temem pelas dificuldades políticas, econômicas e burocráticas que, tradicional e culturalmente, vivemos no país ao longo de décadas.

Dados informam que em apenas uma década (de 2006 a 2016) a atividade industrial brasileira caiu mais de 7%, e a indústria representa hoje apenas 10% do PIB - o Produto Interno Bruto - que é a soma de todos os bens e recursos produzidos no país.

No Índice Global de Competitividade da Manufatura, o Brasil caiu da 5º posição em 2010 para a 29º posição em 2016, e atualmente o país ocupa a 69ª colocação no Índice Global de Inovação, números alarmantes, especialmente para crianças e jovens em fase escolar, que precisarão trabalhar no futuro.

Por fim, o Relatório "Readiness for the Future of Production Report 2018" (WEF) mostra o país na 41ª posição em termos da estrutura de produção e na 47ª posição nos vetores de produção da indústria.

O que o Brasil precisa fazer?

Para o Brasil crescer em inovação, empreendedorismo e industrialização, e entrar de vez na era da Indústria 4.0, a fim de usufruir de todos os benefícios que ela pode trazer, serão necessários muitos ajustes e investimentos, por parte do setor público, privado e civil.

Investir na educação transformadora, que capacite os jovens para suprirem as demandas nascentes dessa nova economia, além de cursos técnicos e profundas mudanças nos currículos universitários, que precisam compreender as necessidades do mercado do futuro.

Indústrias e grandes empresas precisam investir em energia limpa e na economia sustentável. Novos modelos de negócios, como o sharing economy, além de colaborar com o meio ambiente e promover mudanças reais na economia, podem agregar valor ao cliente e trazer diferenciais competitivos para uma marca.

Pesados investimentos em inovação e tecnologia trazem eficiência, redução dos custos de manutenção de maquinário e economia de energia. 

Investir na saúde do trabalhador, e garantir o acesso igualitário aos postos mais altos de uma organização também fazem parte do processo revolucionário necessário para os novos tempos.

É importante que o Brasil aproxime-se cada vez mais da agenda mundial de inovação e crescimento econômico, a fim de que o país não esteja atrasado em relação à outras nações, e para que os jovens invistam seu capital intelectual no próprio país, e não aconteça um êxodo de mão-de-obra qualificada para países com maiores possibilidades e atrativos, da Ásia e da Europa.

Ibraim Gustavo é jornalista, escritor e educador, Pós-graduado em MKT e MBA em Comunicação e Mídia

Publicado às 11h21

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